quinta-feira, 23 de abril de 2009

Conflitos entra gerações

Violência Doméstica

Violência doméstica é um acto maldoso praticado dentro de casa, entre marido e mulher. Pode ser feita também a partir de abuso sexual contra crianças, violência contra o marido ou a mulher, maus-tratos a idosos e violência sexual. A violência doméstica é considerada um crime.
A violência doméstica é discreta, normalmente, o homem maltrata a mulher, sem ser visto, e pratica o acto num quarto sombrio. A violência doméstica afecta as pessoas de classe baixa e as mulheres denunciam-se menos por vergonha, com medo de se exporem à sua família.
Os homens também costumam ser vítimas de violência doméstica. Costumam ser mais afectados pelas mulheres e por um parceiro, quando estão a dormir. Muitos casos de violência doméstica têm a ver com o excesso de álcool, e portanto o violador fica mais agressivo.
É dividida em 3 subtemas: violência física, violência psicológica e violência sócio-económica ou violência verbal.
Lenore Walker apresentou um modelo do Ciclo de Violência:
- Lua de mel – Reconciliação e fim da violência;
- Surgimento da tensão – Pouca comunicação e tensão entre os dois;
- Acção – Explosões de violência e abusos (os comportamentos carinhosos servem para propagar o abuso).

Tipos de Violência

- Violência física: uso da força com o objectivo de ferir, deixando marcas ou não. Os murros, as agressões com diversos objectos e as queimaduras por líquidos quentes são os modos mais comuns de violência física. Sendo a criança a vítima, além da violência “normal”, são violados por factos de esquecimento, praticados pelos pais/responsáveis. Os adolescentes atacam por muitas vezes os pais e os avós, embora os seus pais também ataquem os pais. As mulheres vítimas deste tipo de violência, podem ter alguma culpa quando o facto se repete pela 3ª vez: na 1ª ela não sabia que ele era agressivo; na 2ª porque ela deu uma chance ao companheiro para ele se corrigir; mas à 3ª é indesculpável.

- Violência psicológica: rejeição, descriminação e humilhação. Não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes para toda a vida. A intenção do agressor é mobilizar os outros membros da família, tendo como chamariz alguma doença, dor, o que exige cuidado e muita tolerância. As pequenas situações do dia-a-dia podem servir aos propósitos agressivos, como deixar uma torneira a pingar. As ameaças agressivas são físicas ou de morte, tal como as quebras de utensílios, mobílias e documentos pessoais; também são consideradas violência psicológica, porque não houve agressão física directa. Quando o conjugue é impedido de sair de casa, é trancado e poderá ser vítima de violência psicológica.

- Violência Verbal: Alguns agressores dirigem a palavra contra os outros membros da família, na presença de outras pessoas estranhas ao lar. Este tipo de violência é mais praticada por homens. A violência verbal existe na ausência de silêncio. O agressor aparenta estar doente, mas não se queixa e mostra estar contrariado, mas não fala. O outro tipo de violência verbal diz respeito às ofensas morais. Por vezes os divórcios surgem quando um insinua que o outro tem amantes.

O que fazer se for vítima de violência?

- Deve recorrer a um médico ou a um hospital local, mesmo que não apresente sinais externos de agressão.
- Deve apresentar queixa contra o agressor, podendo dirigir-se à esquadra ou à GNR. Ao apresentar queixa deve exigir documento comprovativo de a ter feito. Se ao apresentar queixa contra o marido ou descendente em 1º grau, receia que a sua integridade física ou psíquica ou a dos filhos fique ameaçada, pode fugir de casa.
- A ocorrência de maus-tratos deve tanto quanto possível ser conhecida pelos familiares e vizinhos, para poderem prestar apoio e assistência, como para serem apenas testemunhas.
- Os maus-tratos constituem um crime punido com pena de prisão ou de multa, podendo ainda ser aplicada a pena de o agressor não poder ver/manter contacto com a vítima incluindo o afastamento desta.
- Pode ser fundamento de divórcio ou separação litigiosa.






Curiosidade: Em 2006 existiram 20 mil actos de violência doméstica, embora apenas 35 tenham sido divulgadas, e portanto apenas 35 violadores domésticos cumpriram uma pena de prisão preventiva.

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